A Internet das Coisas (Internet of Things ou IoT) consiste na presença
generalizada de objetos inteligentes interagindo com as pessoas e com outros objetos para
atingir objetivos comuns. A IoT possibilitará que objetos simples como aparelhos de ar
condicionado, geladeiras, carros, casas, etc. se comuniquem, podendo ser identificados e
acessados através da Internet. Isso será possível graças a tecnologias como RFID e redes
de sensores [Yang, Liu, and Liang, 2010].
O impacto na vida cotidiana das pessoas que a IoT irá proporcionar será mais
visível no ambiente de trabalho e no ambiente doméstico [ITU 2005] e [Mazhelis, Luoma
and Warma 2011]. Porém, a IoT poderá abranger outras áreas em potencial, como
transporte, segurança pública, energia, inteligência governamental, saúde entre outras,
como apontam os pesquisadores Youg et al., Mazhelis et al., Atzori et al. e Bauer et al.
Em especial, a área da saúde merece peculiar atenção, pois poderá além de melhorar a
qualidade de vida do usuário, contribuir para uma maior longevidade, possibilitando até
salvar vidas, em casos de situações de emergência [Yang, Liu, and Liang 2010], [ITU
2005], [Mazhelis, Luoma and Warma 2011], [Atzori, Iera and Morabito 2010] e [Bauer
et al. 2011].
Neste artigo, é proposta uma estrutura de rede baseada na tecnologia IoT para o
monitoramento de pacientes em áreas rurais assim como em áreas urbanas de alta
concentração humana. Esta estrutura visa interligar redes corporais de sensores (WBANs)
com os leitores de RFIDs. Os Leitores retransmitem os sinais de outros leitores de forma
a colaborar para transferir os dados até um ponto de acesso da Internet e através dessa,
atingem os centros médicos, onde os dados são processados e apresentados aos médicos.
Os conjuntos de leitores RFIDs que se comunicam cooperativamente para a transferência
de dados são denominados clusters IoT.