MAKE OR BUY: DECISÕES ESTRATÉGICAS NO SEGMENTO DE ORGANIZAÇÃO DE EVENTOS DE FORMATURA

João Gabriel Castiglia Artencio, Cleiciele Albuquerque Augusto

Resumo


O segmento de eventos de formatura manteve crescimento constante nos últimos anos, assim como o próprio terceiro setor no Brasil, destacando-se como uma área de negócios competitiva e rentável. Diante da alta competitividade notada, as empresas organizadoras desse tipo de evento disputam arduamente se destacar perante os consumidores. Nesse sentido, nota-se que algumas empresas desse mercado transitam entre a decisão de fazer internamente ou terceirizar etapas da sua cadeia de valor, visando aumentar sua competitividade. Diante disso, o objetivo do presente trabalho é compreender como se dão as decisões de make or buy no mercado de eventos de formatura. Em termos metodológicos, realizou-se um estudo de múltiplos casos, de natureza qualitativa e do tipo descritivo, em quatro empresas de eventos na cidade de Maringá, utilizando-se de entrevistas semiestruturas com seus gestores. Os resultados indicaram que duas das empresas integram verticalmente, mas todas se utilizam de contratos, visando redução de custos e maior lucratividade. Quando os serviços não são integrados, constatou-se que todas se preocupam com a formalização dos contratos e cláusulas de segurança e garantias do serviço contratado. Frente a isso, conclui-se que, apesar de desejada pela maioria das empresas, a integração vertical se mostra custosa e difícil de implementar, o que evidencia os contratos como a estrutura mais aceita e implementada pelas empresas estudadas.

Palavras-chave


Estruturas de Governança. Contratos. Integração Vertical. Custos de Transação. Empresas de Formatura

Texto completo:

PDF

Referências


REFERÊNCIAS

ANDRADE, M. M. de. Introdução à metodologia do trabalho científico: elaboração de trabalhos na graduação. 9.ed. São Paulo: Atlas, 2009.

º Dimencionamento Econômico da Indústria de Eventos no Brasil – 2013. Observatório de Turismo, UFF. ABEOC. SEBRAE. Especial Revista Eventos, Outubro de 2014. Disponível em: http://www.abeoc.org.br/wp-content/uploads/2014/10/II-dimensionamento-setor-eventos-abeoc-sebrae-171014.pdf. Acesso em: 01 maio 2020.

ABEOC. Festas de formatura aquecem a economia de vários setores. Rio de Janeiro, 21 out. 2015. Disponível em: https://abeoc.org.br/2015/10/festas-de-formatura-aquecem-a-economia-de-varios-setores/. Acesso em: 01 mai. 2020.

AUGUSTO, C. A.; SOUZA, J. P.; CARIO, S. A. F. Estruturas de governança e recursos estratégicos em destilarias do estado do Paraná: uma análise a partir da complementaridade da ECT e da VBR. Revista de Administração da USP, São Paulo, v.48, n.1, p.179-195, jan./fev./mar. 2013.

AUGUSTO, C. A.; SOUZA, J. P. de; CÁRIO, S. A. F. Relações contratuais estratégicas no setor automotivo. Revista de Administração da USP, v. 52, n. 4, p. 443-455, 2017.

AUGUSTO, C. A.; SOUZA, J. P. de; CÁRIO, S. A. F. Integração Vertical em Montadoras Automotivas. Revista de Administração Contemporânea, v. 22, n. 5, p. 704-725, setembro/outubro, 2018.

BARNEY, J. B.; HESTERLY, William S. Administração estratégica e vantagem competitiva. 3 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2016.

COASE, R. H. The Nature of the Firm. Economica Volume 4, Issue 16. November, p. 385-405, 1937.

COMMONS, J. R. Institutional Economics. American Economic Review v.21, p. 648-657, 1931.

COMMONS, J. R. Institutional Economics: Its Place In Political Economy. New York: The Macmillan Company, Sept. 1934.

DOWELL, M. C. M.; CAVALCANTI, J. C. Integração Vertical: Um painel da literatura. Nova Economia. v. 8. n. 1. Belo Horizonte: jul. 1998.

FARINA, E. M. M.; AZEVEDO, P. F. de; SAES, M. S. M. Competitividade: mercado, estado e organizações. São Paulo: Singular, 1997.

GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. - 6. ed. - São Paulo: Atlas, 2008.

MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Fundamentos de Metodologia Científica. – 5. Ed. – São Paulo: Atlas 2013.

INEP. Censo da Educação Superior: Notas Estatísticas 2017. Brasília: 2018. Disponível em:

http://download.inep.gov.br/educacao_superior/censo_superior/documentos/2018/censo_da_educacao_superior_2017-notas_estatisticas2.pdf. Acesso em: 01 mai. 2020.

MATTAR, F. N., F. M.; OLIVEIRA, B.; MOTTA, S. L. S. Pesquisa de marketing: metodologia, planejamento, execução e análise. - 7. ed. - Rio de Janeiro: Elsevier, 2014.

MÉNARD, C. M.; SHIRLEI, M. M. (2014). The future of new institutional economics: From early intuitions to a new paradigm. Journal of Institutional Economics, v. 10, n. 4, p. 541–565, 2014.

MÉNARD, C. The economics of hybrid organizations. Journal of Institutional and Theoretical Economics, Berlim, v. 160, n.3, p. 345-376, Sept. 2004.

PEREIRA, L. B.; SOUZA, J. P.; CÁRIO, S. A. F. Elementos básicos para estudo de cadeias produtivas: tratamento teórico-analítico. In: PRADO, Ivanor Nunes do; SOUZA, José Paulo de (Org.). Cadeias Produtivas: estudo sobre competitividade e coordenação. 2. Ed. Maringá: Eduem, 2019.

RICHARDSON, R. J. Pesquisa social: métodos e técnicas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2012.

SAES, M.S. M. Estratégias de diferenciação e apropriação da quase-renda na agricultura: a produção de pequena escala. São Paulo: Annablume, Papesp, 2009.

SILVA, W. R. da. Terceirização versus Integração Vertical: Teoria e Prática. São Paulo; EAESP/FGV/NPP – NÚCLEO DE PESQUISAS E PUBLICAÇÕES, 1997. Disponível em Acesso em: 10 de dez. 2020.

SILVEIRA, D. T.; CÓDOVA, F. P. A pesquisa científica. In: GERHARDDT, T. E. e SILVEIRA, D. T. (org.). Métodos de Pesquisa. Porto Alegre: Editora de UFRGS, p. 31-42, 2009

SIMON, H. A. Theories of decision-making in economics and behavioral science. The American Economic Review, volume 49, number 3, p. 253-283, 1959.

SIMON, H. A. From substantive to procedural rationality. In: SPIRO, LJ. Method and appraisal in economics. London: Cambridge, 1976.

SIMON, H. A. Rational decision making in business organizations. The American Economic Review, volume 69, number 4, p. 493-513, 1979.

WILLIAMSON, O. E. Markets and hierarchies: analysis and antitrust implications. New York: Free Press, 1975.

WILLIAMSON, O. E. The economic institutions of capitalism: firms, markets, relational contracting. New York: Free Press, 1985.

WILLIAMSON, O. E. Comparative Economic Organization: the Analysis of Discrete Structural Alternatives. Administrative Science Quarterly, v. 36, N. 2, p. 269-296, 1991.

WILLIAMSON, O. E. The mechanisms of governance. New York: Oxford University Press, 1996.

WILLIAMSON, O. E. The Theory of the Firm as Governance Structure: from choice to contract. 2002. (Working Paper).

ZYLBERSZTAJN, D. Estruturas de governança e coordenação do Agribusiness: uma aplicação da Nova Economia das Instituições. Tese de livre docência apresentada no Departamento de Administração da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo. São Paulo: 1995.

ZYLBERSZTAJN, D. Papel dos contratos na coordenação agro-industrial: um olhar além dos mercados. In: PRADO, Ivanor Nunes do; SOUZA, José Paulo de (Org.). Cadeias produtivas: estudos sobre competitividade e coordenação. 2. ed. Maringá: Eduem, p. 39 - 74, 2009.




DOI: https://doi.org/10.6034/rmpe.v16i3.1714

Apontamentos

  • Não há apontamentos.