Energy as a Service no Brasil: inovação no modelo de negócio tradicional de comercialização de energia

Mikio Kawai Jr, Marcelo Caldeira Pedroso

Resumo


Objetivos: O objetivo principal do presente artigo foi compreender se houve mudanças no modelo de negócio de comercialização de energia no Brasil e, em caso positivo, se esta pode ser considerada como “inovação”.

Hipótese: Partiu-se da hipótese inicial de que houve alterações, de modo significativo, no modelo de negócio tradicional deste mercado, as quais se configuram como “inovação”.

Método: Foi realizada uma pesquisa exploratória aplicada, com abordagem quantitativa, com base em um estudo de caso longitudinal de uma startup real e operacional. Dentre os componentes da arquitetura do modelo de negócios foram analisados o modelo de relacionamento com clientes e o modelo econômico.

Resultados: A análise dos dados permitiu constatar que os resultados ratificaram a hipótese inicial, confirmando que houve inovação no modelo de negócio de comercialização de energia na empresa analisada, visto que o EaaS impacta não apenas o modelo de negócio tradicional, mas, a indústria como um todo.

Palavras-chave: Energy as a Service. Inovação em modelos de negócios. Comercialização de energia no Brasil.

  

Palavras-chave


modelo de negócios, energia como serviço, inovação em energia

Texto completo:

PDF

Referências


Abradee. (n.d). Dados e análises. Disponível em: https://abradee.org.br/dados-e-analises/. Acesso em: abr. 2023.

Amit, R. H. & Zott, C. (2001). Value creation in e-business. Strategic Management Journal, 22, p. 493-520.

Amit, R. H. & Zott, C. (2008). The fit between product Market strategy and business model: implications for firm performance. Strategic Management Journal, v. 29, n. 1, p. 1-26.

Aneel - Agência Nacional de Energia Elétrica. (n.d.). Dados da geração distribuída no Brasil. Disponível em: https://dadosabertos.aneel.gov.br/dataset/relacao-de-empreendimentos-de-geracao-distribuida. Acesso em: jan. 2023.

Benbasat, I., Goldstein, D.K., & (1987). Mead, M. The Case Research Strategy in Studies of Information Systems. MIS Quarterly, v. 11, p. 369-386.

Brasil. (2004a). Lei 10.848 de 15 de março de 2004. Disponível em https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2004/lei-10848-15-marco-2004-531234-norma-pl.html. Acesso em: jan. 2023.

Brasil. (2004b). Decreto 5.163 de 30 de julho de 2004. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/decreto/d5163.HTM. Acesso em: jan. 2023.

Casadesus-Masanell, R. & Zhu, F. (2013). Business model innovation and competitive imitation: the case of sponsor-based business models. Strategic Management Journal, v. 34, n. 4: p. 464-482.

CCEE - Câmara de Comercialização de Energia Elétrica. (2022). Leilões. Disponível em: https://www.ccee.org.br/web/guest/mercado/leilao-mercado. Acesso em: ago. 2022.

Clearly, K. & Palmer, K. (2019). Energy-as-a-Service: a business model for expanding deployment of low-carbon technologies. Resources for the Future. Ed. 19-09, p. 1-6.

Credidio, G. & Pedroso, M. (2019). Modelo de Negócios Air-to-Cash: o Estudo de Caso da Brasil Ozônio. Revista da Micro e Pequena Empresa, UniFaccamp, v. 13, n. 2, p. 15-39.

Dias, J. & Decker, G. (2013). Abordagem histórico-longitudinal em administração estratégica. Revista Gestão Organizacional, UDSC, v. 3, n. 3, p. 37-49.

Foss, N. J. & Saebi, T. (2017, jan.). Fifteen Years of Research on Business Model Innovation: How Far Have We Come, and Where Should We Go? Journal of Management, v. 43, nº 1, p. 200– 227.

Furr, N. & Dyer, J. (2014). The innovator´s method: bringing the lean startup into your organization. Boston: Harvard Business Review Press, p. 288.

George, G. & Bock, A. J. (2011). The business model in practice and its implications for entrepreneurship research. Entrepreneurship Theory and Practice, v. 35, p. 83-111.

Hui, G. (2014). How the Internet of Things Changes Business Models. Harvard Business Review 92, p. 1–5.

Irena. (2020). Innovation landscape brief: Energy as a Service. International Reneable Energy Agency Abu Dhabh. Disponível em: https://www.irena.org/-/media/Files/IRENA/Agency/Publication/2020/Jul/IRENA_Energy-as-a-Service_2020.pdf. Acesso em: maio 2022.

Johan, S. & Vania, I. (2022). The Application of Herfindahl-Hirschman Index in Measuring the Concentration Level of Financial Technology Industry. Advances in Economic, Business and Management Research, v. 653, p. 8-11.

Magretta, J. (2002). Why business models matter? Disponível em: https://hbr.org/2002/05/why-business-models-matter. Acesso em: jan. 2023.

Markides, C. (2006). Disruptive Innovation: in need of Better Theory. Journal of Product Innovation Management, Londres, v. 23, p. 19-25.

Morris, M., Schindehutte, M., Richardson, J., & Allen, J. (2006). Is the business model a useful strategic concept? Conceptual, theoretical and empirical insights. Journal of small business strategy, v. 17, nº 1, p. 27-50.

Osterwalder, A. (2004). The business model ontology: a proposition in a design science approach. Tese. (Doutorado em Ciências Políticas). École des Hautes Études Commerciales, Université de Lausanne, Lausanne.

Osterwalder, A. & Pigneur, Y. (2010). Business Model Generation: A Handbook for Visionaries, Game Changers, and Challengers. New Jersey: John Wiley & Sons, 278p.

Pedroso, M. (2010). Um modelo de gestão estratégica para serviços de saúde. São Paulo - SP. Tese (Doutorado em Ciências). Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. 439p.

Pedroso, M. (2016). Modelo de Negócios e suas Aplicações em Administração. São Paulo, SP. Tese. (Livre-Docência em Administração). Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo, 409p.

Pozzebon, M. & Freitas, H. (1998). Pela aplicabilidade – com maior rigor científico – dos estudos de caso em sistemas de informação. Revista de Administração Contemporânea, v. 2, n. 2, p. 143-169.

Saebi, T. (2015). Evolution, adaptation, or innovation? A contingency framework on business model dynamics. In: Foss, N. J., & Saebi, T. (Eds.). (2015). Business model innovation: The organizational dimension. Oxford, United Kingdom: Oxford University Press, p. 145-168.

Schneider, S. & Spieth, P. (2013). Model innovation towards an integrated future research agenda. International Journal of Innovation Management, v. 17, n. 1, p. 1-34.

Spieth, P., Schneckenberg, D., & Ricart, J. (2014). Business model innovation – state of the art and future challenges for the field. R&D Management. John Wiley & Sons ltd., p. 237-248.

Teece, D. (2010). Business models, business strategy and innovation. Long Range Planning, v. 43, p. 172-194.

Viana, L. (2022). Inovação do modelo de negócio no mercado de meios de pagamentos eletrônicos: o estudo de caso do PagSeguro. Dissertação (Mestrado em Ciências). Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária. Universidade de São Paulo, 124 p.

Xu, Y., Ahokangas, P., & Reuter, E. (2018). EaaS: Electricity as a Service? Journal of Business Models, v. 6, nº 3, p. 1-23.

Yin, R.K. (2005). Estudo de caso: planejamento e métodos. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 289p.

Zahedi, A. (2011). Smart grids opportunities and challenges for power industry to manage the grid more efficiently. Power and energy engineering conference (APPEEC), IEEE, Asia-Pacific.

Zikmund, W.G. (2003). Business Research Methods. 7. ed. Mason: Thomson South-Western, 748p.

Zott, C. & Amit, R. (2010). Business model design: An activity system perspective. Long Range Planning, 43(2–3), p. 216-226.




DOI: https://doi.org/10.6034/rmpe.v18i3.1974

Apontamentos

  • Não há apontamentos.