Carta do Editor

Resumo

Este número contém trabalhos diversos cabendo destacar:

O primeiro artigo intitula-se “Gerenciamento ambiental e ecoeficiência no processo de adoção de inovação em empresas sucroenergéticas do centro-oeste do Estado de São Paulo” e é de Francisco José Lampkowski, Marco Antonio Martin Biaggioni e Marcelo Lampkowski  e tem como objetivo principal verificar a organização e influência da gestão ambiental e ecoeficiência na questão decisória da adoção, escolha, justificativa e implementação de inovação, desenvolvidas nas empresas sucroenergéticas do centro-oeste do estado de São Paulo. Utiliza análise multiavariada de componentes principais e de agrupamentos e acaba por concluir que as melhores empresas com posturas inovadoras são aquelas que em suas estruturas de organização, incorporaram as práticas da gestão ambiental e se preocupam com a eco eficiência.

O segunda trabalho, de Marcelo Sales  tem por título “A tipologia da cultura organizacional empreendedora e sua taxonomia” e parte da hipótese de que com uma cultura organizacional empreendedora dos líderes alinhada com competências individuais e do negócio, os empreendedores obterão um maior sucesso. O trabalho propõe uma nova tipologia de cultura organizacional com foco em empreendedorismo e testou a observância desta tipologia em a amostra constituída por 82 responsáveis por micro e pequenas empresas da Aglomeração Urbana de Jundiaí. Para coletar os dados dos respondentes foi utilizada uma escala Likert com cinco pontos que considerou as características da tipologia de cultura organizacional proposta neste trabalho. O processo de validação do questionário considerou inicialmente 86 proposições e culminou com um conjunto de 60 proposições. O valor obtido do α de Cronbach foi de 0,944. A análise dos dados utilizou os princípios da lógica paraconsistente. Os resultados desta pesquisa definem as quatro culturas empreendedoras que refletem o perfil do empreendedor brasileiro, que foca o seu negócio em atender as necessidades do mercado, porém com pouco foco em inovação.

O terceiro artigo, de Aleixo Fernandes e Lucas Daniel Ramos Ribeiro tem por título “A busca por vantagem competitiva em uma organização do setor automotivo”. Nesse trabalho os autores buscaram identificar os recursos e capacidades de uma indústria líder de mercado na produção e reposição de filtros automotivos. O trabalho está fundamentado nos conceitos de recursos, capacidades e no modelo VRIO na visão baseada em recursos (RBV). A empresa objeto do estudo precisa identificar quais os recursos que poderão ajudá-la a enfrentar a entrada de produtos importados no mercado. Esta pesquisa caracteriza-se como qualitativa exploratória e faz uso de quatro entrevistas com quatro diretores do conselho de administração da empresa, por meio de um questionário semiestruturado. Como resultado da pesquisa identificamos cinco recursos e capacidades. Nossa conclusão no presente trabalho é que os recursos e capacidades identificados na empresa são valiosos, em alguns casos raros, possivelmente inimitáveis e permitem que a organização faça bom uso de suas características de forma a alcançar a liderança no mercado nacional da reposição de filtros.

E, por fim o trabalho que aborda o uso de mapas cognitivos no EAD. Trata-se de um estudo de caso feito por Iran Barretto Oliveira Silva. O estudo relata a aplicação da tecnologia educacional Mapas Cognitivos (ou Mapas Mentais) utilizada pela UC-CIS, uma universidade corporativa. Inicialmente se faz uma abordagem do conceito de mapas mentais para, a seguir se passar a descrever o negócio onde tal tecnologia é empregada. É feita uma análise estrutural do setor educacional onde a UC-CIS atua e são descritos os macroprocessos básicos e o processo geral. Por fim são apresentados exemplos de aula utilizando mapas cognitivos.

Boa leitura!

Manuel Meireles

Editor

meireles@faccamp.br